Com o passar do tempo, os transformadores são submetidos a estresses térmicos e elétricos que degradam os materiais isolantes, resultando na liberação de gases no óleo. Por isso, a análise de óleo com foco na Detecção de Gases Dissolvidos (DGA) é amplamente utilizada na manutenção preventiva e preditiva de sistemas elétricos. A identificação e interpretação de gases como hidrogênio, metano, etano, etileno e acetileno permite detectar falhas em estágio inicial ou em desenvolvimento. Ao se estabelecerem limites de concentração com base no tipo de equipamento, carga e condições operacionais, a DGA torna-se uma ferramenta decisiva para embasar ações corretivas e preventivas com maior precisão.
Importância da detecção de gases dissolvidos (DGA)
Durante a operação dos transformadores, os estresses elétricos e térmicos aceleram a degradação dos materiais isolantes, resultando na formação de gases dissolvidos no óleo. A DGA possibilita uma abordagem proativa no monitoramento da saúde dos ativos, permitindo:
- Diagnosticar falhas iniciais, como descargas parciais, aquecimento localizado e arcos elétricos;
- Antecipar eventos catastróficos, possibilitando intervenções antes da falha total do equipamento;
- Reduzir custos operacionais com a diminuição da necessidade de manutenções emergenciais.
Cada gás fornece um indicativo técnico específico:
- Hidrogênio (H₂): associado à ocorrência de descargas parciais no sistema isolante;
- Metano (CH₄) e etano (C₂H₆): indicam processos de aquecimento moderado dos materiais isolantes;
- Eteno (C₂H₄): indicador de aquecimento severo, associado à degradação térmica intensa;
- Acetileno (C₂H₂): indicativo de arcos internos, refletindo descargas elétricas de alta energia no equipamento.
A correta interpretação desses gases transforma resultados laboratoriais em decisões práticas fundamentais para garantir a confiabilidade operacional, especialmente em ambientes críticos como concessionárias de energia e instalações industriais.
Métodos de análise de óleo de transformador
Para garantir a eficácia da DGA, é fundamental utilizar um conjunto de métodos laboratoriais complementares. Cada técnica revela aspectos específicos do óleo isolante e do estado geral do transformador, formando um panorama técnico integrado. Entre os principais métodos, destacam-se:
- Cromatografia Gasosa (GC): separa e quantifica os gases dissolvidos no óleo, sendo a base da DGA na identificação de falhas térmicas e elétricas;
- Análise Físico-Química: avalia propriedades como viscosidade, acidez, teor de água, rigidez dielétrica e índice de neutralização, indicando a condição operacional e o grau de envelhecimento do fluido;
- Espectroscopia Infravermelha (FTIR): identifica compostos de oxidação, como álcoois e ácidos, permitindo avaliar a degradação química do óleo;
- Contagem de Partículas Sólidas: detecta partículas metálicas e não metálicas, sinalizando desgaste mecânico e contaminações;
- Flash Point (Ponto de Fulgor): indica o risco de inflamabilidade do óleo, essencial para a segurança operacional;
- Condutividade Elétrica: revela a presença de contaminantes iônicos e produtos de degradação que afetam a capacidade isolante do óleo.
A combinação dessas técnicas, quando aplicada de forma periódica, proporciona uma avaliação precisa do estado dos transformadores. A análise dos dados, associada ao histórico e tendências, oferece suporte técnico robusto para decisões estratégicas de manutenção.
Benefícios da manutenção preventiva com análise de óleo
Entre os principais benefícios, destaca-se a confiabilidade operacional elevada, pois a identificação precoce de anomalias reduz a ocorrência de falhas abruptas e melhora a disponibilidade do sistema elétrico. Além disso, decisões técnicas mais precisas sobre tratamentos do óleo prolongam a vida útil dos materiais internos, adiando substituições onerosas.
Essa abordagem também reduz custos com emergências ao possibilitar intervenções planejadas que evitam manutenções corretivas dispendiosas e prolongadas. O atendimento às normas internacionais assegura conformidade técnica, garantindo rastreabilidade e facilitando auditorias regulatórias. Por fim, a consolidação histórica de dados permite identificar padrões e aprimorar continuamente a estratégia de manutenção. Ao unir precisão técnica e gestão proativa, essa prática contribui significativamente para a performance energética e a segurança das instalações.
Conclusão
A Detecção de Gases Dissolvidos (DGA) constitui um dos pilares da manutenção preditiva em transformadores. Sua aplicação contínua permite a antecipação de falhas, a preservação dos ativos e a otimização dos recursos operacionais. Adotar a DGA como prática recorrente é uma decisão estratégica para organizações que buscam excelência operacional, segurança no fornecimento de energia e redução de custos. Mais do que um método analítico, trata-se de transformar dados em inteligência aplicada, fortalecendo a confiabilidade e a disponibilidade do sistema elétrico como um todo.
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Referências
1. O Setor Elétrico – "A sobrecarga de transformadores de potência imersos em óleo mineral isolante: uma visão geral dos principais impactos e das boas práticas operativas e de manutenção". Disponível em: https://www.osetoreletrico.com.br
2. Ministério de Minas e Energia – "Termo de Referência: Análise de óleo isolante". Disponível em: https://www.gov.br
3. Energisa – "ETU-189.2: Óleos vegetais isolantes (OVI)". Disponível em: https://www.energisa.com.br
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